abraça
mergulhe e se afunde
cada qual com seu pesar
mergulhe e afunde
até lhe faltar o ar
o esforço de todo esse lado
vencido pelo mal do cansaço
que te toca e transforma
que te chama, e te maltrata
vende toda a alegria
por um valor não reconhecido
vence toda a chama
quando essa, ainda está viva
palavras e sopros
sentidos sem velas
mergulhe e se afunde
no mal do seu cansaço
mergulhe na desesperança
de todo o amanhecer
mergulhe no cristal quebrado
na insonia de saber
abraça esse cego
que carrega a virtude da esperança
abraça esse náufrago do amor
abraça esse que inexiste.
apenas se afunde
na sua miserável existência
e submerga com o último suspiro
e o último olhar
carrega nesse último
um abraço à vida
que te mergulhe e te afunda
no cansaço de existir
peça ainda uma última carta
àqueles que te viram
ainda resta o último suspiro
do desespero da morte
18/01/08.
Obrigado por se interessarem pelo meu poema, se puderem e tiverem interesse, por gentileza, me deixe seu comentário, para que eu posso melhorar minha escrita.
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