Aos olhos, me fiz sátiro da carne,
Depauperado ao último pulsar;
E dos cosmos gelados às cidades,
Me pus, por fás, a mais querer te amar.
Com força, vens e me crava os dentes.
Beijo tens que me faz gemer, tremer...
Tocar-te os seios furtivamente,
É gelar nos perdidos pólos, mas arder.
O todo defeito se fez amado,
De um ser perfeito, idolatrado,
Num beijo, num suspiro de desejo.
És luz que me invade e me devora,
Clarão que me aplaca a cólera;
Raio me cega e melhor te vejo.
Elton Diniz Pacheco
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