Sou filho
Desta brasileira pátria.
O doce canto dos pássaros
Tocava minha alma
Que descansava sob
Uma VERDE sombra
Na floresta de concreto
De nossos engravatados índios.
As inestimáveis riquezas
De meu AMARELO horizonte
Cobrem de sonhos
Modernos senhores de engenho.
Seus assalariados escravos
Perdem até o sono
Entregando suados dobrões
A democráticos governos.
O esplendoroso AZUL
Teve o sorriso roubado
Por escuros bafos industriais.
Só o que restou
Às minhas consternadas manhãs
Foi a pintada recordação
Do fascinante bailar das nuvens.
Meu BRANCO desejo
Há tempos foi rabiscado de sangue.
Minhas orações
Sempre remetem à paz
Alcançada por meus olhos
Em caras produções de cinema.
Sou filho
Desta brasileira pátria.
ORDEM aos lutadores diários,
Que ainda acreditam
Em uma justa nação.
PROGRESSO aos bolsos
De nossos idolatrados
Colecionadores de votos.
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