“PANACÉIA E DISTINÇÃO”

Cabe na análoga existência, mesmo que distintos, força e pensamento que fluem ante as intempéries, se movimentam em absurdos a olhos vistos, mas que se completam, por sua natureza.

Cabe nesse tênue entendimento, a ambígua face do discernimento, apagea a lisonja, destoa a crítica, torna à real insanidade novamente!
 
Refreio aqui meus pensamentos, reduzo a rédea da rosa-dos-ventos, cerro a entrada do olhar atento, obscuro e ermo ser me volto, às costas, aos ombros, sumiço, fuga, delineio...
 
 
Cabe a beira do infortúnio, paciente escuta de socorro
Se não pela descrença no todo, ao menos na crença de ter sido, um bom amigo...
O que pode ele[amigo]contigo? ...sanará a sua dor, ou lhe endereçará o clamor doído?
Não sabe dos seus descaminhos, contendas...fragilidades, tampouco de seus limiares...!
Ele cala, lhe fala o seu silêncio...fica ao seu lado apenas...grunhidos [cão], sua cara...cara de  bom amigo!
 
...incômoda ausência de gravidade...pés ao ar...perdimentos...incomodações...!
 

Campo Grande, 05/04/2007

Luís Antonio Figueira
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