O salão de beleza me plastific
recapeia estradas de rugas
escondendo expressões
da inconveniência biológica
cauteriza
hidrata
queratiniza
tonifica
puxa
estica
torra
vaporiza
o salão me arranca da bolsa
a tripa
agora vá
siga
está bela
elegante
mais jovem
produzida
iludida
espantalho
atravesso a avenida
perco a vida

A gênese desse poema está na freqüência a salões de beleza e na absurda crença de que eles poderão nos devolver a juventude

Aracaju-salão de beleza

Tânia Mariada Conceição Meneses Silva
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