Minhas meninas ... Meus amores

Como vivê-las apenas mulheres?
Como percebe-las,
apenas em suas inseguranças?
Como encara-las de peito aberto,
sem sorrisos?

Como chama-las mulheres apenas,
com seus corações, ainda meninos,
em busca de amores e palavras doces?

Algumas, mais sóbrias,
recatadas em suas desilusões.
Outras, mais soltas, desvairadas,
com suas decisões.

Como senti-las apenas mulheres,
com seus corações coloridos,
brincando com a paixão?

Aqui no paraíso,
como também ao longe.
Mulheres são,
não apenas bênçãos,
mas constante redenção.

Como viver de longe,
afastado de suas artimanhas,
de suas farpas,
que na forma de beijos ardentes,
nos ferem, despertando vontades.

Que mulher, apenas mulher,
desabrocha o sonho, a aventura,
o medo, o frio gostoso que sentimos.
ao ve-las em ritmo de tórridas paixões,
se não for ainda uma menina?

Minhas meninas, meus amores.
Meus amores de meninas.

Como viver sem te-las comigo?
Como não sorrir,
quando dizem nas entrelinhas?
Como conduzi-las, sem risco correr?
Como prosseguir distante?

Mulheres choronas,
arteiras,
belas,
ciumentas,
encrenqueiras,
saudosas,
pertencidas,
alheias,
sorridentes.

O que sou,
o que somos,
sem teu olhar de fome,
sem teu sorriso de cumplicidade,
sem teu corpo em divisão,
sem tua felicidade como meta?