Acorrentada estou a esse amor,
Tento fugir, me esmorecem as pernas,
As chaves da corrente, eu as perdi
No mesmo instante em que me dei a ti.
 
Amor doentio, que me veda os direitos,
Escraviza-me por ciúmes descabidos,
Que me impedem de os sentimentos abrir,
Deixar fluir pra que não me queimem o peito.
 
Amor possessivo, que me mantém alienada
A uma mente torpe que me possui subjugada
Como se minha alma também fosse sua escrava
Mas a ela, o livre arbítrio lhe foi dado.
 
Amor egoísta, que só pensa em ti,
Liberta-me e quem sabe, um dia me terás,
Cura-te para que possas ter paz...me dar a paz...
Se é que ainda sinto algum amor por ti.
 
           Carmen Lúcia

Sem palavras.