Na Escuridão Silenciosa.

Na Escuridão Silenciosa.
Sávio Assad

Não, eu me nego a olhar, seu corpo na escuridão de minha mente.
Roubaste, a minha paz, meu sossego, minha liberdade, meu amor.
Me abandonaste pelos caminhos da vida, tão ingrata e insolente.

Eu, escravo de seus desejos e de seus encantos, me encantei.
Arrastado nas correntezas dessa paixão infinita e insolente,
Que sugou minhas energias e meu calor interno, para você.

Me abandonaste nessa escuridão silenciosamente e perigosamente
Onde brado a todos os cantos pelo seu nome, infinitamente.
Me cegaste as maravilhas dessa vida, mulher trigueira e feiticeira.

Quero me libertar dessas correntes de paixão arrebatedoura
Quero gritar para o mundo, que já não te pertenço mais.
Quero voltar a ter o sorriso nesses lábios que um dia te beijou.

Niterói - RJ - 09/09/2006