Esse doce perpétuo feito uma trava na garganta,
Como um líquido coagulado no meu ventre,
Um mudo sentimento rasgando minha alma,
Devorando as palavras...
Sob esse rigoroso juramento, esqueço.
Não te condeno, não lhe levo a julgamento.
Palavreio comigo mesma, em busca de respostas,
Dissolver este mal, que em tanto pranto me transporta.
Não penso, não me encontro, desconheço-me,
De superficialidade me embrulho,
Não sou eu, e por tal razão, emudeço, desconcertada.

04/05/06