Morre o Senor Abravanel e eterniza o Silvio Santos

Morre o Senor Abravanel e eterniza o Silvio Santos

A lenda viva, o mito que ganha vida na TV. Um homem que fala e vive a liberdade da maturidade. Creio que não tem segredo para o sucesso. É preciso ser simples, ser gente e gostar de gente, para tornar-se ícone. Senor Abravanel, o homem que reapresentou a arte de viver.
A cada domingo ele mostrava para o mundo um pouco mais do seu objetivo de estar e viver. Ele não parecia preocupado com os holofotes, visando mostrar que ele é humano. E se ele é o Homem do Baú, da Tele Sena, da Jequiti, do SBT, da TV brasileira, é resultado do seu trabalho, com pitadas de resiliência, suor e renúncia. A fórmula é acreditar e seguir transpirando para concretizar os ideais.
Senor Abravanel é um senhor que não se preocupava em agradar, ele era o que é. Tolo aquele que o deifica, não entendendo a sua mensagem. Senor Abravanel nos ensinou que para ter sucesso é preciso ser humano, compreender os próprios limites, gostar de si próprio, buscando aprender com o mundo, amando o que faz, eliminando as expectativas, promovendo a alegria, doando-se, fazendo do trabalho uma ferramenta que nutre a esperança da humanidade.
Liberdade é o que moveu o cidadão Senor Abravanel. A fama não prendeu a sua liberdade, o poder não cegou o seu potencial criativo, o dinheiro não bestializou a sua humildade, o sucesso não lhe corrompeu.
Silvio Santos é a essência do Senor Abravanel, que representa o “povo” brasileiro. O homem que sonhava, que trabalhava, que colocou a mão na massa, que educou suas filhas com coerência, que desejava a equidade, vivendo as possibilidades com amor.

A fama não prendeu a sua liberdade, o poder não cegou o seu potencial criativo, o dinheiro não bestializou a sua humildade, o sucesso não lhe corrompeu.