O mal sempre me caiu tão bem
E assumi um caráter perverso, duvidoso.
Compulsivo, dado a mentir, porém,
Achando injusta a represália.
Espatifei a frágil louça da personalidade
Quando percebi que era um hipócrita.
Fantasiei heroísmo, era vilão na verdade
E nunca fui bom nem naquilo e nem isso.
Agora, tenho de arcar com as consequências.
Já velho demais para aceitar nova luta,
Contudo muito jovem ainda para morrer.
Sou ruim enquanto ser humano!
Não é por pleitear um mea culpa que assim assumo.
Estou insone por não saber o que fazer...
Machuquei, machuco e provavelmente machucarei.
Sou cretino, indigno de amor e apto à pena.
Meu caminho é de culpa, remorso, gangrena.
Se ninguém ainda me destruiu, certamente me autodestruirei!
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença