Será natural o momento que passo?

Não ver nada à altura do olho no olho

Vejo atuar as personas e me recolho

Pisando, como todos, neste mundo vasto

 

Nem só animado, nem só cansaço

 Solto por demais ou no ferrolho

Quero equilibrado, real e honroso

Ser empurrão e também abraço.

 

Nem silêncio, nem estardalhaço

O que é intenso, não escolho

Quero no meio, carne e osso

Sem mentira, o comum, sem embaraço

 

Nem astro, nem pasto

Permaneço aqui de molho

Assim, também eu escolho

 Ser eu mesmo a ser um palhaço.

 

Guilherme dos Anjos Nascimento

Guilherme dos Anjos Nascimento
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