De repente resolvi encarar-me...

Fitei-me em frente ao espelho

A fim de falar comigo mesmo

E entender-me sem disparate...

 

Às vezes sou um desconhecido,

Não me compreendo no âmago,

Mergulho e não nado, náufrago

Dum mar revolto, sem tirocínio.

 

O que sou? Quem sou? Indago

À minha consciência inóspita,

Contudo a inconsciência denota

Que na vida tudo é meio vago....

 

De nada adiantou tal simulação,

Pois segue inócuo meu coração!

 

 

DE  IVAN DE OLIVEIRA MELO

Ivan de Oliveira Melo
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