Ela estava, na noite de luar,
Murmurando uma cândida canção.
Muitas flores corriam o pilar.
Balançavam-se as rosas em botão.
Em que estrela pousava o seu olhar?
Em que nuvens de mística visão?
Parecia, por vezes, flutuar…
Tão suave presença sobre o chão.
Vinham pétalas, folhas, levemente,
Vinha a brisa soprar-lhe vagamente
Os cabelos por sobre os ombros nus…
– E no sonho romântico, impossível,
Esperava-me, quase indistinguível…
E sorria... sorria feito luz.
PAULO MAURÍCIO G. SILVA
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