ERÁMOS COMO A PRINCESA E O PLEBEU
(Francisco de Assis Silva)
Esta história se passou comigo – eu me lembro ainda
Eu contava apenas dezessete anos e quinze ela fazia;
Só que o contraste que envolvia esta fábula tão linda,
Era eu não ter posses e ela ser herdeira de grande valia!
E para perpetuar esta união tão afetuosa e infinda
(Eu tinha a convicta certeza que a jovem me queria),
- daí veio as calúnias por inveja e fiquei na berlinda
Com a difamação que à nossa vida desgostos trazia!
Me recordo feliz quando haviam festas no nosso lugar,
Sentávamos juntos no banco da pracinha - ela e eu,
Em calorosos afagos absortos a sorrir e sonhar!...
Mas esta felicidade foi frívola e efêmera - logo feneceu!
E como uma brisa vi melancólico o nosso amor passar
E hoje, penso: – “Éramos como a princesa e o plebeu”...
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