(Para CSB – in memoriam)
Porque de mim resolveste partir,
E voaste tão cedo, inesperadamente,
Cá vivo eu, toda descontente,
Embora estejas no céu a luzir.
Um tremor, um suspiro, o despedir...
A palidez da face fria e dormente.
Só a tristeza, companheira da mente,
Só o anseio de ver-te, no porvir;
Assim, rogo a Deus que nalgum lugar e hora
Eu tenha o Divino merecimento
De encontrar-te, quando daqui me for.
E, enquanto a vida, cá, se demora,
Peço-te: não deixes cair no esquecimento
A lembrança do nosso tempo de amor!
Mônica Gomes
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