Olhando o corpo,
vejo-me.
Para mim olho,
e não me percebo.

Aconchegando,
eu fujo sobre os pés feridos,
a flor da pele,
descalços.

A carne cai sem ar,
sem a vida por mim
esquecida no cruzamento
da cobiça com a ilusão.

Sepultada fui
na cova rasa de malfeitora.
Flores murchas repousam
na terra acima de mim
e eu não sei chorar...

Sil de Jesus
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