“O mundo parou. E, agora? A Cultura da Paz, segundo a ONU “É um conjunto de valores, atitudes, modos de comportamento e de vida que rejeitam a violência e que apostam no diálogo e na negociação para prevenir e solucionar conflitos sobre suas causas”.
Isto, na minha opinião, implica na relação a si (indivíduo) e ao outro (coletivo), buscando a solidariedade para evolução compartilhada de um diálogo não violento, em prol da vida, com desigualdades sendo reduzidas. ” (Solange Chemin Rosenmann)
“Eu ousar deixar uma mensagem para a humanidade, seria algo alucinadamente pretensioso e insano. Contudo, e tendo em conta esta questão tão importante e fulcral, como é a cultura da paz, atrevo-me a reiterar que hoje, aqui e agora, esta terá mesmo de vir a tornar-se a principal vertente dos seres humanos. E como filhos de Sísifo, num caminho que amplie o mais possível esta reiterada tarefa, seja numa escolha individual ou colectiva da não-violência, a tolerância e a solidariedade terão que ser a nossa pedra, procurando com isso sensibilizar e persuadir pessoas e estados de todas as geografias do mundo, no sentido de olharmos inevitavelmente como uma derradeira oportunidade de mantermos a esperança viva desta nossa mãe terra. Será o abraçar pleno destes valores, passadas já mais de duas décadas da Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz, pela ONU, e numa altura em que muitos governos importantes principiam outra vez a serem agentes defensores da violência e do ódio, que acreditamos conseguir manter a esperança, a utopia, a poesia, de uma verdadeira cultura de paz. É por isso que nunca devemos deixar de reviver e avivar as palavras do actual Secretário-Geral das Nações Unidas, o português António Guterres, quando discursou na sua tomada de posse: "Façamos da Paz a nossa prioridade"! Por isso, e porque pessoalmente quero também acreditar que a poesia pode sempre contribuir para sensibilizar o corpo, mas sobretudo os corações por essa procura de uma cultura de paz, declaro: “O mundo jamais é parecido consigo próprio / tão inesperada é a noite, / mesmo quando em sua rotação se repete, / efectiva e extingue, / no corpo e cinzas de uma criança, / (…) / Uma criança nos aquieta o corpo, / a noite atravessa o mundo, / obscuros e formais viajantes, / se as quimeras se ofuscam sob os céus / a culpa é dos corações e não da luz das estrelas.”( João Rasteiro)
“Para que haja uma verdadeira cultura de paz necessitamos que as crianças, jovens e adultos compreendam e valorizem, respeitem os direitos humanos, somando-se a eles a tolerância e igualdade. ” (Marli Terezinha Andrucho Boldori)
“A retomada do desenvolvimento nacional exige, sem dúvida alguma, equilíbrio, diálogo e maturidade política para construção de caminhos que consolidem maior justiça social e redução das desigualdades. É também por meio da cultura da paz que construiremos o melhor caminho para a evolução da humanidade. ” (Eduardo Braga)
“A mensagem que deixo para a humanidade: A vida é um dom precioso de Deus. Viva a vida com alegria e sobretudo com muito respeito para com os seus semelhantes. Viva com muito amor no coração e no seu trabalho. Respeite à Natureza - que é bela e nos dá o sustento de cada dia. Cuide dos Seres Humanos criaturas criadas pelo Arquiteto do Universo. Cuide do Planeta Terra. ” (Maria Antonieta Gonzaga Teixeira)
“Busque a paz interior e o conhecimento. Seja tolerante e preserve as amizades. Não perca sua autenticidade, do contrário viverá segundo tendências e vontades alheias e perderá a identidade. ” (Robson Chaves)
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem tudo me convém. A valorização da família deveria ser mais difundida na sociedade atual, digo da família tradicional, valorização da figura paterna, como mantenedor do ambiente familiar, e da mãe como esteio e maior força dentro do ambiente familiar. Esta cultura deu certo por milênios. Filhos que foram amados por seus pais, amam mais o próximo, e amaram ainda mais seus cônjuges e também seus filhos. No final de tudo descobriremos que só o amor salvará essa humanidade. ” (Regis Mello)
“A paz precisa ser cultivada. A sociedade está dividida em classes. E em grande desigualdade. Um dos nossos maiores problemas. ” (Stella Maria Rodrigues)
“Deixo-lhes a mensagem de que atuem com responsabilidade intelectual e simpatia humana. Responsabilidade intelectual corresponde a saber do que se fala e somente falar-se do que se sabe, em resultado de aturado estudo. Ela também implica o apreço pela verdade e o desapreço pelas paixões, que levem a julgamentos tendenciosos. Espírito desarmado, serenidade, estudo. Simpatia humana, no sentido positivista, significa ver as pessoas, a cultura, os problemas, as soluções, com empatia e disposição mais de contribuir para melhorar do que para acusar e censurar (conquanto a censura possa ser valiosa). Espírito construtivo, ânimo de somar. Também lhes deixo a mensagem de que, independentemente das suas preferências políticas e da sua eventual militância política, saibam separar a atividade cultural da militância política; em sentido amplo, a segunda contém-se na primeira, contudo, lhe deve ser ancilar: a cultura, como produção do conhecimento, do verdadeiro, do bom, do belo, não precisa nem deve ser dependente de causas políticas. A cultura não precisa de ser dependência da política; ao invés: deve existir por si só, como obra de melhoramento da sapiência humana e não (apenas) como atuação em prol de projetos partidários. O saber humano transcende a política; sem negar importância à segunda, o primeiro vale mais: quem for capaz de acrescentar discernimento, conhecimento, beleza, ao patrimônio humano, que o faça com liberdade, destemor e autonomia relativamente às premências das disputas políticas. Nada disto inibe que o intelectual participe da política: que o faça na condição de militante, não na de intelectual, o que também não inibe que empregue a sua inteligência para aperfeiçoar a sua militância; ao contrário: é desejável que a política seja esclarecida, lúcida e bem intencionada. A disputa política é circunstancial, efêmera, volúvel; o conhecimento tende a ser universal, duradouro, cumulativo: quem produz cultura acha-se na segunda situação; quem produz política, acha-se na primeira e um se distingue do outro na medida em que um aspira ao poder, ao passo que o outro aspira ao saber, o que lhes faz toda a diferença e faz diferença para os respectivos receptores.” (Arthur Virmond de Lacerda)
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