Quero amar como já não se ama
Amar como o cansaço à cama
Me despeço enquanto te declamas

Sou purpura, purpurina
Pura chama

Chama que se apaga
Que chama pelo teu nome
Que ama e que se esconde
Quando queres me amar

Quero amar
Mas nem sei se esse mar me cabe
Me perco quando tu abres
Espaço pro que eu sou.

Me sinto incapaz, insana
Minha cabeça, minha gana, me engana
Nem minto tão bem assim

Só minto no desespero,
Pois não sei lidar com o zelo
Com o cheiro do teu cabelo
Com tudo que tens pra mim

Quero amar, mas sou poeta
Que vive só quando sonha
E deita na sua fronha
Pensando em todos "e se..."

Alana Lima
© Todos os direitos reservados