Transcender o falso eu é o caminho da cura absoluta. Enquanto não houver unicidade, haverá dor, pranto e ranger de dentes no cotidiano existencial.
Desperte o olhar que vê, transvê o agora e transcende os múltiplos silêncios da consciência absoluta que movimenta a vida universal.
Não é preciso morrer para compreender o transmigrar das possibilidades. A liberdade é discutida por quem está preso, angustiado diante das probabilidades.
O que estamos construindo é uma sociedade que culturalmente vê além das próprias cavernas alienadoras, ou estamos bitolando o ser? Mentes aprisionadas em arquétipos engessados e condicionamentos arcaicos.
Quem é você no processo de desconstrução? Quem é o outro no processo de construção? Quem está construindo ou desconstruindo? O outro é você ou você é o outro?
A liberdade do eu ocorrerá quando estivermos além do eu.
A felicidade é um estado instável de consciência que reluz no olhar. Um olhar vertical que mergulha nas ondas do agora, seguindo o fluxo das correntezas da vida, sem questionar, vibrando gratidão, aceitando com resignação os solavancos provocados pelos meandros existentes no percurso existencial.
A desconstrução é feita por você, todavia, o outro é a manifestação de tudo, incluindo você. A liberdade inconsciente aprisiona e a prisão consciente liberta. A individualidade é partículas desperta da coletividade, pulsos do eu rumo ao infinito.
O tempo urge, o caos protesta por ordem, a desigualdade abraça a fome, a morte alia com a irresponsabilidade, o medo aflora, a humanidade apavora e a vida vai embora. A liberdade individual é fruto da responsabilidade em comunhão com a coletividade. É uma conquista para os que olharam sem medo em direção à luz que ilumina a aprisionadora caverna.
Estamos morrendo e nascendo no agora, a vida é um fluxo constante de vida e morte, o fim é o começo, o início é o meio de uma conclusão inacabável.
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