Há momentos que as palavras fogem.
O que dizer? Quando se quer agradar.
Podendo ser a única vez e última
Tenho o vício da poética, versos vadios.
Mas para você fiquei imantado, enrolado,
Sem ter o que dizer, palavras, cadê!?
Estou ante seus olhos magnetizado
(a expressão do olhar é mágica para mim)
De sua boca, parece que jorrará mel;
Lábios de Iracema e tez de Moema.
O colo deixa intuir campos floridos:
Filhotes de gazela, dois há certamente,
Alimentados pelo lácteo viço.
E você assim como menina,
Uma gueixa, mulher, amante,
Única, de um único feliz imortal.
(quem sabe o poeta ganha migalhas, sua atenção).

Autor: M. Lelis de Oliveira

Lelis de Oliveira
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