Entramos naquele bar que fantasiamos quando estávamos nos despedindo. Tu lembas? E lá estávamos eu e tu. Tomávamos alguns drinks. Pessoas saiam e entravam, o cenário mudava de meia em meia hora, e lá estávamos nós vendo tudo acontecer... O tempo passava e, a cada segundo, um segundo a menos sem tua presença. Eu estava hipnotizada, não por você, mas pela imagem que criei da tua pessoa, na minha imaginação, tu eras uma criatura fiel e amável, um ser solitário como eu. Bem, as horas se arrastavam como uma música triste e te convidei a te retirar, eu te pedi para ir embora, tu te recusaste. Eu queria ficar sozinha, tomando minha bebida até aquele bar se fechar, mas tu não me atendeste. Sabíamos que um de nós tinha que dar o adeus, mas tu insistias em ficar, fingindo ainda ser o que eu idealizei de ti. Até aquele momento, ainda te achava a criatura perfeita. Bem, eu estava enganada! Como disse eu te criei para ser como eu queria que foste.
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