E chega o inverno,
com ele as noites mais sombrias,
a reclusão da alma,
o intrigante pensamento introspectivo,
o ar da solidão,
momentos de puro exílio,
o retiro, o preparo para novos semeios,
para germinar e aflorar como outrora...
Blindado com suave característica agradável,
de sonho afável ou encantador aos sentidos,
de sabor suave e ameno,
e ainda embriagante,
como o vinho que rega e embala o ardor dos sentidos, que oscilam na linha tênue do forte e frágil,
da inconstância do querer e poder...
Esse tempo frígido,
úmido,
calado na pela, transcendendo a carne, exaltando o fervor da alma...
Bem vindo inverno,
tão friamente quente,
emotivo,
sensível,
terno...
tão amor,
tão paixão,
tão calor...


Verinha Fagundes...

Verinha Fagundes
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