Qual cego que tateia no escuro,
Sem um cão-guia pra lhe orientar,
Eu em ti quando fico a me lembrar
Interpõe-se entre nós um certo muro!

Nada sei de você, mas nada,juro!
Neste insano desejo de te amar,
Se algum outro existe a ocupar
Este teu coração as vezes duro!

Se tu tens namorado,assim por diante,
Um esposo, parceiro, algum ficante,
Não me sinto,apesar disso, tristonho,

Porque sei que nenhum vai proibir
Que eu chegue as vezes a te possuir
No clandestino idílio do meu sonho!

 

riomar melo

josé riomar de melo freitas
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