Há casas, estradas, vegetação, animais e pessoas.

Há trabalho, descanso, juventude e velhice.

Acontecem coisas ruins e também muito boas.

Alguns discutem coisas sérias, outros, alguma idiotice.

 

Há estudiosos e também aqueles que a força se exalta.

Nem todos se gostam ou respeitam, mas há tolerância.

Uns se entregam aos vícios, outros, têm a moral alta

E ficam centrados ao invés de aspirarem a distância.

 

Vestem a máscara da preguiça ou do empenho.

Pregam a honestidade ou fazem da mentira seu engenho.

Certas vezes têm os pés no chão, em outras, cedem ao desejo...

 

E assim, analiso que é o funcionamento da máquina do mundo.

Longe de sermos cíclicos, traçamos o tédio infecundo

E vivemos todos em bolhas de mesmice: um vilarejo.