A arte da rinha.

O palpitar por minutos,
O passeio às oito,
O baile às dezoito.
E o clima lançante.
Assim era a era dos homens fascinantes.
Assim era a estação das mulheres apaixonantes.
 
O período de preeminência chegou
Não há Zéfiro para Eros
Nem Eros para Psique.
Muito menos aficionados
Divagando amoriscados,
Mas sim o trivial soez ordinário.
 
Sazão nostálgica...
O hodierno faz-se horrendo:
Déia rastejante tateia,
De tão linda deslinda,
No imo inane
Em seu ádito reles.
 
Ah, o que há de haver com esta safra?
Inúteis dissimulados
Hipócritas de alma frágil.
Caçando afagos em messalinas
Buscando afagos em sacanas.
A conquista é uma rinha de gallus e gallus.

Após muito tempo voltei a escrever. É uma critica ao jeito moderno de homens e mulheres se relacionarem. A arte da conquista acabou, dando lugar a sacanagem bestializada.

Trabalho / Conversa entre colegas