O silêncio é uma turbina que alavanca gemidos…
Perante o eco da tranquilidade assobio delírios
Que percorrem os tetos confeccionados em gesso
E ultrapassam as feridas marmóreas do tempo frio.
Dentro da ociosidade o trabalho é cardápio glutão
Que bebe das carnificinas um sangue coagulado
E nauseabundo que sacia a fome dos abutres limpos
Pela temperança que paira sobre o ar das sociedades
Flageladas pela demência incauta dos que sobrevivem
Nas areias sinuosas dum deserto onde água é lagrima
Impura que tece o orvalho doentio da criatura insana.
O silêncio é a realidade movediça que move os astros
Sufocados através da preguiça que reina no metafísico
Que traz como mensagem uma esperança assaz trôpega
Subordinada aos vértices trigonométricos dos escalenos!
DE Ivan de Oliveira Melo
NOTA : O título é um neologismo criado pelo poeta.
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