Meu medo é de não saber quem sou…

Mistérios e enigmas rondam em mim

E eu não sei por que sou assim, assim…

Diante de uma solidão que me edificou!

 

Meu medo é descobrir-me minha razão

E jogar ao relento os retalhos do ourives

Que me enfeita o íntimo e diz que vive

Na conjectura dourada de minha emoção!

 

O medo que me lapida faz de mim punhal

E logo se percebe que não existe nada igual

Ao que me desenha um âmago dócil e fera,,,

 

Esse medo é rotativo, translativo e semente

Que me rega dia e noite como entorpecente

Que me faz brindar o alfa e que me dilacera!

 

 

 

 

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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