Achamos bela a fantasia do Romantismo em flor.
Sempre os sonhos e a imaginação superam o real,
E cultivamos, semeamos as perspectivas em tudo,
Inclusive no sentimento, no desejo irrefreável.
E quanto ao prazer, o qual está em ímpeto de erupção?
O contato entre dois ou mais corpos em busca do orgasmo
E de sensações inéditas, é menos amor do que um devaneio?
Não concebo! Posto que tal intimidade é o que toca
E comove o ser, pondo-o em síncopes e ofegações!
Quem, de fato, não deixa a besta instintiva em si
Aflorar quando a urgência do sexo brota em luxúria?
Similar a uma droga que alucina e vicia,
Não há quem não se renda ao impudor ninfomaníaco,
De momentos que sintetizam toda uma eternidade!
Não é amor, acaso, tudo isto?
A meu ver, é. Incontestável.
Mais do que um sonho, a carne carece de atenção,
Mesmo que signifique um amor ao acaso.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença