Sobre bancos dourados de areia
Lentamente meu pensamento pranteia
Ícones farpados de vida movediça...
 
Sobre chaminés de argênteas verdades
Ebúrneas hipocrisias são ígneas vaidades
Que tostam solos enlameados onde se pisa...
 
Concatenados aos massacres de ventos hostis,
Os sonhos são lapidações de dúvidas atrozes
Que jorram lágrimas sobre senis alforjes
Donde se contempla a liberdade dos bem-te-vis!
 
Singrados pela anistia de incontestável sorriso,
Nas brumas do amanhecer meu seio guarda
Envelopes de amor, de certezas e vanguardas
Do convulsivo choro que tateia um devaneio contrito!
 
 
 
DE  Ivan de Oliveira Melo

 
 

Ivan de Oliveira Melo
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