Se é a mim a quem te crias
Porque tu, sentimento revolto, não escolhestes outro para teu repouso?
Se a mim tu me enforcas,
Se ainda me torturas,
Fala, vai, porque não me levas logo embora?
De minha companhia
Passaste a ser membro outorgado de minha família.
Insolente e inconveniente, não me deixas outra saída, senão
enfrentar-te! Mas como bem sei, és forte e em vão serão minhas rezas e tentativas
de voltar a sorrir, sim, serão mal sucedidas, já que não desistes tu de estar perto de mim.
És, portanto, minha amiga mais presente em minha vida, o que poderei fazer, pois?
Agradece, então, minha generosidade, porque nesse mundo repleto de maldade, só encontrarás
a quem desejará fugir de ti!
Diego de Andrade
© Todos os direitos reservados
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