Ao contrario
E gira
Fura e cura.
Mentira
Que lava
Estaca e sangra.
Ao avesso, sinto.
Respira
Ferida
Que seca e
Irrita.
Ah, que sangre
Às moscas
Ao vento
Ao relento do
Desencanto
Nem santo, muito menos meus prantos
Há de me defender.
Que morra e sofra
E leia entre pálpebras de marfim
Sobre olhos de morte
Que entrelaçou vida e
Que se fez assim, por fim, em mim.
Canto porquê não posso gritar
Escrevo porquê você não há de ver
Vivo porquê aprendi a sorrir
Morro por não ter feito o amar
Sou de ler letras feitas no ar.
E espero ...

"Canto porquê não posso gritar."

Meu universo

Alvares Relomut
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