Não estou morto, mas também não vivo.
Vivo falando deste meu lado híbrido
Deixado de lado que me foi dado
Como insensatez viver falando por vez
Para essa ou aquela uma vida de talvez
Como aquela vez que não vivia mais
Nem mesmo tanto quanto posso manter-se
Vivo ou morto no direito que me apraz
Esquerdo ou torto escolher manter-se em paz
Dentro de minha residência só
Não resido dentro do meu ser
Mão condiz o tateio com dó
De conduzir o resíduo com dizer
Da minha voz que não sai
Passear com os cães interiores
São o sentimento cálido cai
Embriagados entre os dedos os ardores
Deixar a luz aos olhos adentro
Enfrento-a à frente sem pestanejar
Do barulho de dentro que aguento
Sem queixar um piscar de olhos fechar
Cascavel - PR
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