Soneto de Ialmar Pio Schneider - homenagem póstuma

SONETO A MANUEL BANDEIRA – Falecimento do poeta em 13.10.1968 – In Memoriam


Ilusão desta vida imaterial,
não adianta pensar nem presumir,
o negócio é deitar para dormir
ou ler Manuel Bandeira tão jovial...

Mas que anseio, que lástima, afinal,
se tudo é passageiro ?! quero ouvir
Sonatas ao Luar e me sumir
à procura de um bálsamo ao meu mal.

E não será aqui, nem mais distante...
Lança-perfume d´éter não existe !
O que fazer? Confete e serpentina?!

Desvairado, sem álcool e perante
mulheres tão bonitas e eu tão triste:
pobre Pierrô buscando a Colombina !

IALMAR PIO SCHNEIDER
 
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em 13.10.2011