Penso tanto que não sei de nada.
Peso sempre e não carrego coisa nenhuma.
Flor de cactos, espinhos e tão bela.
Nem tudo é igual as cenas de novela.
 
Enquanto eu balanço, o balanço não sai do eixo.
Minha vida continua tão repleta.
Minha vida continua tão vazia.
 
Nem melodias eu consigo diferenciar
E o que já foi tom, hoje é melancolia.
 
Tenho tempo, tenho medos: temo.
Temo o fim do hoje... temo o amanhã de manhã.
Termos medo não é temer a dor.
A dor é temida por medo de não sobreviver.
 
Olhar em frente e segurar o futuro
Mesmo sabendo que nada é ideal.
Fazer do encanto uma dose de alegria
É estar em paz. É viver cada dia.