A vida se faz de paradoxos,
Nada mais me surpreende
Na terra deixo os meus ossos
E a palavra a quem me entende.

Vivo a vida em ramificação,
Em meus gestos me propago,
Morro pela decomposição
Se eu fui luz, me apago.

Às vezes eu me decomponho
Outras tantas, eu me ramifico.
Se me ouvem, me recomponho,
Mas se me ignoram, inerte fico.

Sempre existe a decomposição
Cada vez que eu me exponho
Assim, em cada ramificação,
Eu também me decomponho.