Tristezas podem ficar caladas.
É só não puxar por elas.
Enquanto dormem, abastecemos a barca de sonhos,
Aquietamos o rio das indagações.
Quando a tristeza acordar pálida do pó de seus porões,
É nossa vez de descansar.
O ponteiro do desencontro torna possível navegar.
O fundo dos olhos da noite guardam silencios.
Esconde na retina, o menino que corre descalça em campo aberto.
Pálpebras cerradas, a noite emudece...
O menino com medo faz um furo no escuro com a ponta do dedo.
Cai um pingo de luz e amanhece.
E começa tudo novamente.
Mauricio Lomes
© Todos os direitos reservados
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