A face que, por vezes, se mostra altiva e bela,
Também esconde vexames secretos, perfídias ou horror.
Contudo, pintamos com míriades de cores a nossa tela,
Para sairmos ao mundo com a postura de um vencedor.
Mas e quando a máscara de beleza que vestimos s'esfarela?
Nossa alma à mostra, suja e feia com uma aura de terror?
O lobo irrompe do cordeiro, o sol penetra a janela
E ilumina a realidade cruel de íntimos impuros, trazendo a dor.
Àqueles que se enganam com uma falsa imagem ao espelho,
Tendem a sofrer grande impacto quando veem o "eu" real do espanto
E choram lágrimas grossas e espessas de um teor vermelho...
Muitos se enganam para dar beleza à feiúra, mas é tolice:
Estas máscaras caem e ficamos à mercê do mundo, tanto, tanto,
Que acabamos nos tornando reféns e piorando esta bizarrice.
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