Quero romper este silêncio, pois pelas palavras sinto-me traído. O poeta que aqui jazia foi desvalido. Um sentimento tão forte, tão doce que me foi tomado, e me sinto cada vez mais engolido.
Deve ser inveja delas não ter tido, a sorte que tive por ter te achado. Devem estar agora brincando comigo ou então teriam elas me abandonado? Ah! Devem ser ciúmes delas por não terem tido a sorte que tive por ter te achado.
E agora? O que faz este perdido? Não pode descrever tuas belezas mesmo tendo a essência do ser amado. Como descreve amor, teus olhos tão lindos? Como descreve o mundo cheio de cor quando estou ao seu lado?
Me sinto agora perdido, devo ter sido abandonado. Escrevi sobre tudo que já tinha visto, mas agora estou assim, abismado. Não sai de mim um verso, mesmo sofrido, de quando não estou ao seu lado.
E agora oque fazer amor? Até a palavra amor, não me é mais bastado. Quero falar mais e mais do que sinto, quero falar de ti e da beleza dos teus lábios, mas sou cada vez mais perdido e cada vez mais odiado.
Essas palavras que não compreendem o que sinto, quanto é maravilhoso esta ao teu lado. E por ciúmes devem ter se aborrecido, devem detestar as juras que te fiz com tanto cuidado.
Talvez algum dia possa descrever o quanto é intenso, infinito te ter amor, pois nunca vou lhe por de lado. Como as palavras que me traíram, como estas amantes que me abandonaram
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