Verdadeiro devaneio

O que há de concreto ao meu redor?
Paredes indeléveis,
promessas ao vento,
lágrimas tingidas no tempo.

O exausto cotidiano tão deflagrante
consome meus ardis inconsequêntes
visando o belo, o artificial
sendo um ser intransigente.

Apenas contemplo-te de maneira insandecida
na mediocridade de um desejo ardente
como um fugitivo implorando pela vida
dum prazer louco, impertinente.

A luz que foge dos teus olhos
é a mesma que me guia nessa estrada
quanto mais me escondo, quebro todos meus ossos
para dizer-te, na verdade, és minha amada.

Após uma pause de ajustes de pensamentos...voltei

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Fábio Avanzi
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