O sino tocava naquela igreja
daquela comunidade
o sino era a referência do chamanento
da missa, do casamento, do batizado,
do enterro.
Para todo chamamento tinha um toque
diferente.
Os badalos eram identificados
como código de comportamento
daquela comunidade nas festas
religiosas.
Os badalos do sino pareciam
que não iam parar.
O sino badalava daqui pra lá,
de lá pra cá.
Seus badalos não se originavam
de fontes eletrônicas
Mas sim das mãos mágicas
de pessoas devidamente preparadas,
treinadas.
O sino tocava para os mais aquinhoados ,
para os menos abastados, para os mais
empobrecidos.
O badalo do sino tinha o poder
encantador de unir as pessoas
com suas diferenças como
afastar as ofenças.
O badalo do sino era uma oração,
uma comunhão.
Seu badalo tinha o toque de amor
não existia dor.
O sino tocava paz, harmonia
nos corações das pessoas.
O badalo badalava de cá pra lá,
o badalo badalava de cá pra lá,
de lá pra cá.
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