Lamento ao ver como as flores estão no canteiro,
Elas se encontram com o semblante triste,
Não me dão nenhuma esperança cega;
Suas pétalas caídas não revelaram confissão alguma_
Sem me importar com os espinhos que ferem,
Eu as pego com as minhas mãos macias!
Negra visão que invade o dia a me magoar
Nos passos silenciosos que dou por entre a escuridão_
Sombras ocultando os sonhos ainda por sonhar,
Neste tempo a assustar-me no cotidiano do dia a dia...
Raios lampejantes que surgem fugazmente,
Obrigando-me a render-me à esta escuridão imediata...
Um pouco de curiosidade e a porta se abre...
O meu “eu” se deixa aprisionar nas tentações da carne_
Fraco, exaurido, deturpado, consumido de vontade...
Ó sonhos amaldiçoados de figuras imaginárias,
Escuridão lhes cobrindo de profanação,
Lágrimas afogadas nas tristezas anteriores...
Minh’alma profundamente triste canta a vossa morte_
Desesperado eu volto para dentro do meu tempo...
Espalho vossas pétalas para que não me atormente,
Quando sozinho eu estiver perdido em caminhos escondidos
Dentro em mim sem vossa companhia_ busco outro destino,
E minha voz ecoa um lamento pela vossa partida...
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