COMO DUAS BÓIAS AMARRADAS

AMOR
COMO DUAS BÓIAS AMARRADAS

Parti
Ficaste no cais, acenando
Eu, no navio
Fiquei como casco vazio, flutuando
Porque, sem teu lastro
O mar para mim é deserto
Por onde me arrasto, sem rumo
Se não te tiver por perto
Para tirar o prumo

E nos dias
Que teu corpo do meu está ausente
Transformo sons de tempestades
Em doce melodias, de que és regente

A tua lembrança em mim vive
E quando chego a teu porto
E nele lanço âncora
Logo sinto a máxima segurança
Que jamais tive, enquanto meu navio;
Meu casco vazio
Sem teu lastro
Na vida andou à deriva

Agora, quero a ti estar amarrado
Sem nunca mais do cais partir
Sem que nele tu fiques, a acenar

Só quero que em nós
Como duas bóias amarradas
Fique o amor, eternamente
…a flutuar
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Rua das Bocas, 880
4510-204 S. Pedro da Cova