FALADOR CONTEMPORÂNEO

 Proseador, prosear a dor;
amor, em pranto, não
como canto, por face de desencanto;
no meu canto se formou.

Nem toda felicidade vinga;
como mentira definha,
todavia , sabia; não
se colhe laranja, em pé de vinha

De tanto dizer, para o vento vago
entendo por não entender, 
porque sempre me amargo, 
não acho um horizonte belo,
quem sabe um lindo lago;

Em suma, mesmo que não
me ouçam, ouve-me a lua;
que sabe meus contos, 
confesso-a na madrugada; 
assim como a muito se fazia,
amo você, motivo
de escrever, argumento de minha poesia.