Proseador, prosear a dor;
amor, em pranto, não
como canto, por face de desencanto;
no meu canto se formou.
Nem toda felicidade vinga;
como mentira definha,
todavia , sabia; não
se colhe laranja, em pé de vinha
De tanto dizer, para o vento vago
entendo por não entender,
porque sempre me amargo,
não acho um horizonte belo,
quem sabe um lindo lago;
Em suma, mesmo que não
me ouçam, ouve-me a lua;
que sabe meus contos,
confesso-a na madrugada;
assim como a muito se fazia,
amo você, motivo
de escrever, argumento de minha poesia.
João Math
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