Vejo seu corpo em curvas e retas,

Vasculho espaços escondidos, perdidos.

Cada rasgo, cada milímetro e cada gosto.

Cheiros, odores às vezes sal, outras amargo.

Doce não tem, nunca terá.

 

Vejo seu corpo em sinuosas curvas,

Caminhos tortuosos, prazeres.

Anglos, montes, vales, o profundo à tona.

Pêlos ou a ausência deles..., Uma delicia.

Bicos, pontas, saliências, o desconhecido amostra.

 

Vejo seu corpo em curvas e horizontes.

Liquido, viscoso, morno, o amor pelo seu beijo.

Cada fresta, toda aresta, é sempre uma festa.

A cor morena de todos os lugares e os detalhes avermelhados,

Tocar, sentir, beijar, cada parte em partes.

 

Vejo seu corpo em curvas perfeitas.

Solto, leve, jogado, extraordinariamente nu.

Na cama ou em pé, pelo espelho, aberto ou fechado, pronto.

Recebe-me, me consome, me suga e espera mais..., E terás.

Um vício, uma necessidade, obsessão...

 

Vejo seu corpo em suaves curvas,

Satisfeito, pleno, consumido pelo prazer.

Horas de lutas, batalhas, guerra vencida e agora,

Quieto, imóvel, respirando profundo.

Dormindo feliz semicoberto pelo meu amor.