A noite me parece singela
Mais não perde sua beleza
Natural e obscura
Fria e quente ao coração clemente
Em busca de uma alcova sua
Onde possa desposar sua fúria
Diante do final de sua procura
Pela dona que o possua
Partilhando seus medos e culpas

Faz tempo que não te sinto
E nem me embriago sobre teus becos
E ruas na escuridão
Fazendo-te soprar tua ventania
Hora calma hora bruta
Em meu corpo estremecendo mina couraça
Invadindo minha alma que de alguma maneira
Senti prazer
Em estar tão perto de ti

Minha dama nocturna
Companheira constante dos momento dantes
Agora só faço te admirar
Te ver passar e na janela ficar no meu lugar
Sentindo a saudade me apertar
Fico apenas a pensar
Se ainda iremos nos encontrar