Aqui, me deixo claro e em bom tom, a quem
Quisera um dia desfrutar do berro que induz
A mesma proporção de silêncio à minh'alma, que advém,
De tantos e ricos experimentos que a vida reluz.
Aqui também, deixo a alma de um poeta que transcende
A ele mesmo, a tudo que o fez crente, aviva as imagens
De personas que ele mesmo criou, as entende, as compreende
E pleno de si, a persona... São bobagens, deixe-me, bobagens...bobagens.
Aqui deixo também o lado insalubre de viver,
A parte férrea, braçal, que a ferrugem não corroeu,
O de pensar o que quero sem risco de morrer.
Nem o mais alto risco causou-me vertigem,
Pois o que guardamos só nós mesmo sabemos, que não nos amedrontem
E nem no ato desvendo-lhes os meus, é o lado sombrio da nossa efêmera estalagem.
William Baptistella
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