Somos únicos no universo
E nossos sonhos são assim, uma vida.
Enviados numa brincadeira pelo destino,
Nos acasos, nos casos, no amor transcendental,
No singelo e a loucura perde sua astucia.
Um olhar terno de quem nunca vi,
O desabafo de um louco,
As idas e vindas da vida,
Um ganho não premeditado
Na plateia não sou eu,
Sou daqueles somados
Constituindo-me uma república de mim mesmo,
Não sei se possível, mas ousei.
Contudo, quis me seduzir assim,
Numa vida que me confundo
Quem fui e quem sou.
Finalmente, descobri quem eu era,
O que nunca pensei que fosse,
Ouso dizer, mas agora para melhor
Expressar-me, para melhor compreensão
De minha hierarquia:
Tudo o que a ilusão nos permite ser
Torna-se real
E os sonhos são uma realidade oculta
Que não são notáveis.
Sonhemos.
Iludamo-nos.