há muitos séculos

que passo pelos anos,

inutilmente,

desgraçadamente...

 

há muitos séculos

estou no fundo do fosso,

roendo o osso

das mil dificuldades...

 

há muitos séculos

estou neste desengno,

colhendo frutos

em terra seca...

 

há muitos séculos

espero desde o início,

entoar o meu epinício:

o meu canto de VITÓRIA!

 

POETA INDESCRENTE
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