Dissipou-se a luz da aurora
Nos momentos de esplendor.
Quando o dia for embora
(E já vai chegando a hora)
O seguirei por onde for.
Cortarei os horizontes
Procurando o sol poente.
- Quero estar sempre de fronte
No mais elevado monte
Co'esse astro decadente!
O mesmo sol que é a fonte
Que se mostra aos que não vêem,
É o sol que se esconde
Pra mostrar-se indo ao longe,
Sem pertencer a ninguém...
Mas no dia não há trevas,
Nem estrelas, nem luar.
O astro-rei caiu do trono,
- Pois a noite traz o sono
E a vontade de acordar!
Necessito das estrelas,
E nuances do minguante.
Se o poeta pode vê-las,
Mesmo sem poder detê-las
Uma noite é o bastante...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença